A semana será decisiva para o Botafogo, mas é com o comportamento extracampo dos atletas, e nem tanto com os treinos em campo, que todos estão preocupados.
O Alvinegro resolverá sua permanência na Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro no domingo, contra o Palmeiras, no Engenhão, e o clube (dirigentes, funcionários, atletas e torcedores) vive dias de pressão diante do seu indefinido futuro. Sendo assim, todos começaram a colocar na mesa como tem de ser o comportamento de cada um num momento que pede concentração extrema e profissionalismo.
O grande refúgio escolhido pelos jogadores para diminuírem a tensão e encontrar o equilíbrio que faz a diferença entre a vitória e a derrota é a companhia dos familiares.
– Eu costumo me apegar à família. Brinco com a minha filha e converso com a minha esposa para tentar esquecer a ansiedade. Gosto, também, de ouvir palavras dos meus pais – disse Leandro Guerreiro.
Com cobranças de todos os lados, os atletas do Alvinegro sabem que a passionalidade do torcedor pode extrapolar em um momento tão delicado. E o teor emocional que envolve a profissão, com milhões de especialistas na arquibancada certos de que poderiam fazer um trabalho melhor, aumenta a responsabilidade.
No entanto, apesar da opção geral pela postura caseira para manter a concentração nesta reta final de preparação, o caminho, para alguns, não é se fechar. Pelo contrário, já que o enclausuramento pode transformar a carga que envolve o duelo da última rodada se em um peso extra.
– Sou mais de ficar em casa, com a minha mulher e a minha filha. Mas, se eu tiver de dar uma volta no shopping, sair para jantar, eu vou fazer isso. Não adianta ficar preso em casa, somente lamentando pelo momento. Tenho de ficar com a minha família ao máximo, só a assim a ansiedade será menor – explicou Jefferson.
O enclausuramento e a privação, porém, têm data para acabar. Após o fim do jogo, independentemente do resultado, todos entrarão de férias.